Xango - Trono Masculino
da Justiça
Xangô, Zeus, Hórus, Agni, Shiva, Thor, Dagda, Adad, Hadad, Guerra, Ishum, Marduk, Ellil, Betoro Bromo, Al-ait, Bil ou Vil-kan, Taranis, Pan K’oan, Topan, Iahu, Tlaloc, Pachacámac, Comentários.
Xangô — Divindade de Umbanda, manifestação do Trono Masculino da Justiça, irradia Justiça o tempo todo, de forma passiva não forçando ninguém a vivenciá-la, mas sustentando a todos que a buscam. Elemento fogo, presente nas montanhas e pedreiras. Senhor dos Trovões, Xangô é ainda simbolizado por uma balança (o equilíbrio da justiça) e o machado de dois cortes. Dentro ainda do simbolismo, podemos citar para Xangô a estrela de seis pontas, formada por dois triângulos, um que aponta ao alto e outro que aponta para baixo, simbolizando o equilíbrio do universo onde “o que está acima é como o que está abaixo”, citado também por Hermes Trimegistro em sua pedra de esmeralda.
Cor: Vermelho ou Marrom. Pedra: Jaspe vermelho ou marrom, pedra do sol, olho de tigre, ágata de fogo.
Zeus — Filho de Réia e Cronos, era conhecido como Júpiter entre os romanos. Deus do raio e trovão, tornou-se a principal Divindade do panteão grego por ter destronado seu pai, Cronos, e o forçado a devolver seus irmãos, que haviam sido engolidos pelo mesmo. Saindo vitorioso na batalha entre os Deuses e os Titãs, dividiu o mundo em três partes, o Mar para Posseidon, a Terra para Hades e o Céu para si. No topo do monte Olimpo, ele controla tudo o que acontece na criação como Rei dos Deuses.
Hórus — Divindade egípcia, masculina, filho de Ísis e Osíris, nascido para fazer justiça à morte do pai, assassinado pelo irmão Set. Representado como um homem com cabeça de falcão.
Agni — Divindade masculina do Fogo, Agni é o próprio fogo purificador. É um dos mais antigos e venerados deuses hindus. Faz parte ainda de uma trimurti primitiva revelando um triplo aspecto do Fogo divino em suas manifestações: no céu, como sol (Surya); na atmosfera, o ar (Vayu), como o raio; na Terra, o Fogo Sagrado. Por muitos considerada uma trimurti (trindade) primitiva, anterior à atual (Brahma, Vishnu e Shiva).
Shiva — “ O auspicioso”, terceira pessoa na Trindade hindu (Brahma, Vishinu e Shiva) responsável pelo aspecto da destruição. Seu simbolismo não se atribui à morte e sim à purificação, à renovação ou à transformação. Existe uma forma de Shiva conhecida como “Nataraja”,
Thor — Divindade nórdica, masculina, do trovão e da Justiça. Carrega seu martelo para fazer a justiça prevalecer sempre.
Dagda — Divindade celta, conhecido como o “Bom Deus” (dag, bom; dia, deus).
Adad — Divindade babilônica das tempestades, controlador de canais de irrigação e filho de Anu. Deus dos relâmpagos, da chuva e da fertilidade. No Épico de Gilgamesh, o deus dos ventos, trovões e tempestades.
Hadad — Divindade assíria. Tiglath-Pilesar I construiu um santuário para ele e Anu na capital Ashur. Hadad é freqüentemente invocado em maldições, bem como em documentos especiais e privados, como figura de proteção e advertência para todos.
Gerra — Sumério Gibil, deus do fogo, assimilado com Erra e Nergal, filho de Anu e Anunitu.
Ishum — Deus do fogo e conselheiro de Erra. Assimilado com Hendursanga. Sábio ministro de Marduk no épico de Erra.
Marduk — Divindade babilônica, consorte de Zarpanitum. Protetor da agricultura, da justiça e do direito. Filho de Enki/Ea, pai de Nabu, criou ventos e tempestades como Zeus. Também lutou e venceu Tiamat para criar a ordem e o Universo. Personagem principal do mito da criação babilônica.
Ellil — Divindade sumeriana, o mais importante da geração mais nova dos deuses sumérios e acádios. Cultuado no apogeu da civilização sumeriana (
Seu templo se chamava “Morada da Montanha”.
Betoro Bromo — Divindade indonésia do fogo, cultuado na cratera do Monte Bromo, vulcão onde mora o deus.
Al-ait — Divindade fenícia do Fogo, nome considerado muito antigo e místico.
Bil ou Vil-kan — Caldeu, Deus do fogo e de vários metais e armas, um dos filhos de Anu.
Taranis — Divindade celta do Trovão, da raiz céltica taran, “Trovejar”.
Pan K’oan — Divindade chinesa que recebe as almas onde suas ações são investigadas e Pan k’oan julga como as almas devem ser punidas.
Topan — Divindade japonesa que personifica a tempestade e o trovão.
Iahu — Divindade dos madianitas e quenitas, conhecido também pelos arameus do norte da Síria, com a divindade das terríveis tempestades de deserto.
Tlaloc — Divindade asteca, Senhor do Raio, do trovão, da chuva e do relâmpago.
Pachacámac — Divindade inca do Fogo e filho do Deus Sol.
Comentários: Trono Masculino da Justiça, Xangô, sempre se mostra acima das Divindades locais, pois só assim mantém a imparcialidade, muitas vezes aparecendo como Rei entre os deuses. O raio e o trovão comumente aparecem como instrumento dessa divindade, já que impõem o respeito que é merecido à Justiça Divina. Na Umbanda, é sincretizado com São Jerônimo e Moisés, chegando a apresentar imagens que mostram São Jerônimo com as Tábuas da Lei de Moisés na mão.
Iansã - Trono Feminino da Lei
Iansã, Themis, Atena, Astréia, Nike, Bellona, Justitia, Maat, Anat, Durga, Indrani, Valquírias, Maeve, Nehelenia, Irnini, Inanna, Andrasta, Mah, Daena, Anat, Rauni, Perkune Tete, Comentários.
Iansã — Divindade de Umbanda, é o Trono Feminino da Lei, absorve o desequilíbrio na lei de forma ativa, reconduzindo o ser ao equilíbrio; cósmica, pune quem dá mau uso ou se aproveita dessa qualidade divina com más intenções.
Fator direcionador, ajuda a encaminhar as pessoas, mostrando-lhes o caminho certo a seguir. A mais guerreira de todos Orixás Femininos, atuando no sentido da Justiça junto de com Xangô, e na Lei com Ogum. Seu elemento é o ar que movimenta e sustenta o fogo, uma vez que Iansã é movimento o tempo todo.
Pedra: Citrino. Ponto de força: Pedreiras. Sua cor é o amarelo.
Themis — Segunda esposa de Zeus, era uma titânide da Justiça e da ética, guardiã da balança. Conhecida por seus sábios e justos conselhos, chegou a ajudar Zeus quando esse se casou com Hera.
Atena — Divindade grega, nasce já toda armada e crescida da cabeça de Zeus, carregava uma lança e um escudo. De todas as Divindades gregas, Atena é uma das mais guerreiras.
Astréia — Divindade grega da justiça, vive no céu afastada da Terra pela maldade dos homens.
Nike — Divindade grega das vitórias equivalente à romana Victória.
Bellona — Divindade romana da Guerra, da estratégia e da soberania territorial, evocada para decidir táticas, estratégias e negociações.
Justitia — Divindade romana, chamada em todos os juramentos e promessas.
Maat — Divindade egípcia, feminina, da justiça e da verdade, com sua pluma, que costuma carregar na cabeça, mede o peso dos corações dos homens na balança de Anúbis, caso o coração seja mais leve que a pluma se trata de um nobre de espírito merecedor da luz caso contrário... Maat era filha de Rá e esposa de Thoth.
Anat — Divindade egípcia da guerra, veste-se com a pele de pantera, segurando nas mãos um cetro e a cruz alada ou o escudo e a lança.
Durga — Divindade hindu, “Inacessível”, guerreira, costuma aparecer montada em um tigre empunhando sua espada com a qual venceu o “Demônio Vasuki”. Possui 12 ou 18 braços e em cada mão tem armas dadas pelos deuses. Ela é implacável contra os demônios, o que em nós representa principalmente nosso ego e ignorância.
Indrani — Divindade hindu, consorte de Indra, o deus da guerra, igualmente guerreira.
Valquírias — Divindades nórdicas guerreiras. Geurahod era a valquíria que decidia a vitória nos combates. Essas guerreiras eram conhecidas pela luminosidade de suas armaduras, assim também chamadas “luzes do norte”.
Maeve — Divindade celta, era uma das cinco filhas de Eochardh Feidhleach, rei de Connacht. Mulher de beleza “intoxicante” e “embriagante”, forte, guerreira e estrategista. O festival pagão de Mabon era comemorado em sua homenagem. Deusa da guerra muito similar a Morrigan, fez com que seu guerreiros experimentassem as dores do parto. É rainha de Connacht, traz o poder feminino e da terra. Famosa por sua beleza e possessão sexual, teve muitos amantes, em sua maioria oficiais de seu exército, o que assegurava a lealdade de suas tropas. Muitos homem lutavam com toda a sua garra nos campos de batalha por uma possibilidade de receber seus favores sexuais.
Sempre aparecia cavalgando cavalos selvagens e vivia cercada de animais. Cabelos ruivos, sempre andava com a espada e o escudo.
Nehelenia — Divindade celta guardiã dos caminhos. Protegia viajantes e abria os portais de mundos desconhecidos, para o buscador, através dos sonhos, conduzindo a uma viagem de iniciação interior.
Irnini — Divindade sumeriana da guerra assimilada por Ishtar.
Inanna — Divindade sumeriana, Ishtar babilônica. Como Inanna foi a deusa de Uruk, a portadora das leis divinas. Divindade do Amor, da fertilidade e da guerra. Adorada por seu poder e força. Desposou o mortal pastor Dumuzi e o transfomou em rei de Uruk, o que tornou a terra fértil e próspera.
Andrasta — Divindade celta da Guerra, chamada de “A Invencível”.
Mah — Divindade da Guerra na Capadócia.
Daena — Divindade persa, guardiã da Justiça, protetora das mulheres e condutora das almas.
Anat — Divindade mesopotâmica da Guerra, da vida e da morte. Guerreira, virgem e mãe. Tendo se relacionado com muitos deuses, seu aspecto de virgem serve para lembrar que Anat é dona de sua sexualidade.
Rauni — Divindade finlandesa, senhora do trovão e esposa do deus do relâmpago.
Perkune Tete — Divindade eslava do trovão e do relâmpago.
Comentários: Trono Feminino da Lei, Iansã, assim como Ogum é facilmente identificada entre os povos guerreiros em culturas menos patriarcais quanto à nossa atual. Na Umbanda, é sincretizada com Santa Bárbara, santa dos raios e trovões que aparece empunhando uma espada.